sábado, 31 de março de 2012

FICCA (2012)

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sexta-feira, 30 de março de 2012

Hipertexto


Nesse segundo post da série "Professores em Rede", temos um texto da publicação eletrônica Hipertexto - universo em expansão. Estarei reproduzindo os textos desta publicação para discutirmos seus diversos assuntos e tecermos considerações sobre eles a partir de reflexões sobre nossa prática. Como todos nós possuímos diferentes formações e trajetórias na carreira, acho importante buscarmos delimitar um espaço de diálogo e debate a fim de saber se estamos nos referindo às mesmas coisas. 


Considerações sobre o tempo em que vivemos

Na cultura contemporânea sobrepõe-se linguagens, paradigmas e projetos. Uma trama plural com múltiplos eixos problemáticos. Neste cenário, considerado como o do fim da modernidade, o problema original da sobrevivência, da vida na Terra se coloca de maneira crucial e pungente. Em termos ambientais, no sentido da necessidade da manutenção e implemento do equilíbrio de toda a vida; em termos éticos, face às grandes e imponderáveis desigualdades entre diversos grupos humanos; e existenciais, considerando-se a felicidade e o conhecimento, e a busca de novos termos para a sua frutificação, fora do âmbito restrito do consumo e da sobrevivência material.

"Esse tempo também pode ser entendido como o tempo da criatividade, da generalidade, da restauração dos elementos singulares, do local, dos dilemas, da abertura de novas potencialidades."SCHINTMAN, Dora Fried Schinitman (org.). Novos Paradigmas, Cultura e Subjetividade - Porto Alegre, ed. Artes Médicas, 1994. 17p.

Um tempo que se abre para uma consciência crescente da descontinuidade, da não-linearidade, da diferença, da necessidade do diálogo, da polifonia, da complexidade , do acaso, do desvio. Onde há uma avaliação ampla do papel construtivo da desordem, da auto-organização e uma resignificação profunda das idéias de crise e caos, compreendidas mais como informações complexas, do que como simples ausência de ordem.
Mas também, um tempo superficial, fútil, épico e ardente. Onde o cheio provoca o oco, a saciedade gera a angústia, o permanente é trocado pelo atual, o "mais novo", o "mais moderno". Revelando a sua marca primordial: a paradoxalidade. (Morin, 1969)

Enfim, um tempo de transição, de transformação, onde o projeto da modernidade parece ter se cumprido em excesso ou ser insuficiente para solucionar os problemas que assolam a humanidade. Segundo Boaventura de Souza Santos, em seu livro Pela Mão de Alice (1995), vivemos uma condição de perplexidade diante de inúmeros dilemas nos mais diversos campos do saber e do viver. Que, além de serem fonte de angústia e desconforto, são também desafios à imaginação, à criatividade e ao pensamento.

Economia > Na prática econômica, a inflação, o desemprego, as taxas de juros elevadas, o déficit orçamental, a crise financeira do estado-providência, a dívida externa, "o progresso que gera o atraso" com a destruição ambiental e o crescimento das desigualdades, mostram que as propostas de bem-aventurança e prosperidade do projeto moderno, atingidas pelo desenvolvimento técnico e científico, foram incapazes de se cumprir plenamente.

Como reflexo dessa condição, no campo da teoria, há a desvalorização do econômico, em detrimento do cultural e do simbólico, das micro-soluções e da individualidade como focos da reflexão. Morrem as grandes utopias e a história. Cai o muro de Berlim. O homem vai à lua e, o que antes parecia dividido, revela-se: um planeta, uma humanidade, muitos problemas sinergicamente relacionados.

Estado e política > Com a dramática intensificação das práticas transnacionais, da internacionalização da economia, da migração, das redes de informação e comunicação e a conseqüente "transnacionalização" da "lógica do consumismo" o estado passa por um processo de renovação, onde se busca avaliar qual seria o seu papel e viabilidade numa sociedade globalizada. Desponta na sociedade um novo tipo de organização não-estatal para gerir a esfera pública: as organizações não-governamentais.

Global e local > Ainda como conseqüência da intensificação da interdependência transnacional e das interações globais, observa-se que as relações sociais parecem estar cada vez mais desterritorializadas, com os indivíduos se agrupando a partir de interesses afins, como acontece nas comunidades virtuais e nos grandes centros urbanos.

Por outro lado, há também um ressurgimento de novas identidades regionais, geralmente partindo de indivíduos "translocalizados" ou excluídos dos processos sócio-econômicos, fora de seus ambientes e/ou países de origem, que se organizam como micro-identidades, guetos. Segundo, Boaventura de Souza Santos

"A idéia moderna da existência de uma racionalidade global da vida social e pessoal acabou por se desintegrar numa miríade de mini-racionalidades a serviço de uma irracionalidade global, inabarcável e incontrolável. É possível reinventar as mini-racionalidades da vida de modo que elas deixem de ser partes de um todo e passem a ser totalidades presentes em múltiplas partes." SANTOS, Boaventura de Souza. Pela Mão de Alice. 2a ed. São Paulo, Cortez Editora, 1996. 102 p.

Relações sociais > No que tange às relações entre o indivíduo e a sociedade, observa-se ainda um nítido regresso ao indivíduo, com o desenvolvimento de análises sobre a vida privada, o consumismo, o narcisismo, os modos e estilos de vida. Paradoxalmente, a vida individual nunca foi tão pública, nunca foi tão prontamente devassável e standardizada. De um modo geral, os hábitos e costumes regionais cedem à pressão da optimização econômica, do universo on-line e da cultura de massa.

"Os mesmos canais de comunicação que permitem aos cidadãos, em todo mundo, comunicar uns com os outros também permitem ao governo e aos interesses privados colecionar informações a seu respeito." RHEINGOLD, Howard. Virtual comunities. "The same channels of communication that enable citizens around the world to communicate with one another also allow government and private interests to gather information about them."

Chegamos, assim, ao final do século XX com poucas certezas, muitos problemas e desafios. Completamente perplexos. Mesmo conceitos como o de democracia, que parecem ter sua necessidade e importância reconhecidas entre todos os povos, padecem de conflitos internos e patologias profundas. O processo democrático, por exemplo, um dos grandes paradigmas sócio-políticos da modernidade, apresenta distorções substanciais que se manifestam no aumento do conformismo, do abstencionismo, da apatia política e da distância, cada vez mais nítida, entre eleitores e eleitos.

Desta forma, o projeto da modernidade passa a ser entendido como um processo que contempla imprevisibilidades, múltiplas seqüências e centros, intertextualidades.

A trama do tempo despe-se de sua máscara linear, seqüencial, objetiva e anônima. Seus diversos focos organizam-se, centram-se e recentram-se continuamente onde cada homem (e mulher) é convidado a construir uma narrativa singular do presente. Morre a história como um fluxo linear, unívoco e progressivo de fatos.
Assim, não só as subjetividades e as relações sociais passam a ser construídas dentro de uma perspectiva processual, mas a lógica de auto-eco-organização (Schnitman, 1996) passa a permear todos os campos do saber. Tem-se a impressão que um novo paradigma se delineia. Onde noções de liberdade e autonomia são essenciais e o que importa não é buscar um conhecimento geral, uma teoria unitária, mas estabelecer vínculos, articulações. Refletir sobre a reflexividade.

Sobre todos os aspectos um tempo exigente, muito sério. Que alerta para a responsabilidade e a cooperação, mas que também convida para a liberdade e a alegria.
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quarta-feira, 28 de março de 2012

Novas Tecnologias de Informação e Comunicação (NTIC's)

Bem-Vindos ao mundo das Novas Tecnologias de Informação e Comunicação (NTIC's)


Chamam-se de Novas Tecnologias de Informação e Comunicação (NTICs) as tecnologias e métodos para comunicar surgidas no contexto daRevolução Informacional, "Revolução Telemática" ou Terceira Revolução Industrial, desenvolvidas gradativamente desde a segunda metade da década de 1970 e, principalmente, nos anos 1990. A imensa maioria delas se caracteriza por agilizar, horizontalizar e tornar menos palpável (fisicamente manipulável) o conteúdo da comunicação, por meio da digitalização e da comunicação em redes (mediada ou não por computadores) para a captação, transmissão e distribuição das informações (textoimagem estática, vídeo e som). Considera-se que o advento destas novas tecnologias (e a forma como foram utilizadas por governos, empresas, indivíduos e setores sociais) possibilitou o surgimento da "sociedade da informação". Alguns estudiosos já falam de sociedade do conhecimento para destacar o valor do capital humano na sociedade estruturada em redes telemáticas.
São consideradas NTICs, entre outras:
Interatividade

De modo geral as novas tecnologias estão associadas à interatividade e a quebra com o modelo comunicacional um-todos, em que a informação é transmitida de modo unidirecional, adotando o modelo todos-todos, em que aqueles que integram redes de conexão operacionalizadas por meio das NTIC fazem parte do envio e do recebimento das informações. Neste sentido, muitas tecnologias são questionadas quanto a sua inclusão no conceito de novas tecnologias da informação e comunicação, ou meramente novos modelos de antigas tecnologias.
As novas tecnologias, relacionadas a uma revolução informacional, oferecem uma infraestrutura comunicacional que permite a interação em rede de seus integrantes. Numa rede, no entanto, geralmente são descartados modelos em que haja uma produção unilateral das informações que serão somente repassadas aos outros terminais de acesso. Este modelo é considerado reativo e não interativo e aparece mesmo na internet, disponibilizados pelos conhecidos portais, e agências midiáticas que disponibilizam suas informações e serviços pela Internet tão somente.

As novas tecnologias e a Comunicação
É difícil prever o impacto que terá nelas, embora já se possam antever alguns contornos: maior facilidade e rapidez de acesso à informação, melhor coordenação de colaboradores dispersos geograficamente, por exemplo, integração e automatização dos processos de negócio a montante (fornecedores) e a jusante (clientes), incremento da possibilidade de participação dos colaboradores nas actividades de gestão dos seus superiores hierárquicos, etc.
As novas tecnologias parecem favorecer a tendência para as empresas terem fronteiras cada vez menos demarcadas em relação ao seu meio ambiente, a trabalharem cada vez mais "em rede" com outras empresas e, dentro delas, os seus colaboradores também trabalharem cada vez mais conectadas.As novas tecnologias de comunicação levam a educação a uma nova dimensão. Esta nova dimensão é a capacidade de encontrar uma lógica dentro do caos de informações que muitas vezes possuímos, organizar numa síntese coerente das informações dentro de uma área de conhecimento. Agilidade na questão de domínio do raciocínio lógico em grandes empresas com informações importantes para o crescimento da mesma.

Fonte: Wikipedia


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terça-feira, 27 de março de 2012

Hipertexto e gêneros digitais - uma nova linguagem para os professores



A linguagem é uma das faculdades cognitivas mais flexíveis e plásticas adaptáveis às mudanças comportamentais e a responsável pela disseminação das constantes transformações sociais, políticas, culturais geradas pela criatividade do ser humano. As inúmeras modificações nas formas e possibilidades de utilização da linguagem em geral e da língua, em particular, são reflexos incontestáveis das mudanças tecnológicas emergentes no mundo e, de modo particularmente acelerado nos últimos 30 anos, quando os equipamentos informáticos e as novas tecnologias de comunicação começaram a fazer parte de forma mais intensa da vida das pessoas e do cotidiano das instituições. Certamente, tudo isso tem contribuído para tornar as sociedades letradas cada vez mais complexas.


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