segunda-feira, 30 de julho de 2012

O que é vestibular seriado (2009)


Reportagem do Jornal Hoje da Rede Globo sobre o PAS (Processo de Avaliação Seriada) da UnB (Universidade de Brasília) explicando o que é vestibular seriado.



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UnB - Matrizes de Avaliação do PAS


O que é o PAS

O Programa de Avaliação Seriada – PAS – é a modalidade de acesso ao ensino superior que surgiu por iniciativa da Universidade de Brasília - UnB, abrindo para o estudante do Ensino Médio as portas da Universidade de forma gradual e progressiva. Tendo por objetivo a ampliação do processo de interação Universidade e Ensino Médio, o PAS é mais uma oportunidade de acesso à universidade que valoriza a formação significativa como fundamental na formação de sujeitos críticos e participantes do próprio processo de aprendizagem. A dinâmica do PAS comporta três avaliações, realizadas ao término de cada série do Ensino Médio, as quais constituem os Subprogramas (triênios) do PAS. Cada avaliação determina uma etapa do respectivo Subprograma, em que a nota final configura-se na soma das notas das três etapas.

O que é avaliado

Os Objetos de Conhecimento de cada uma das etapas estão disponíveis na página do PAS, em MATRIZ DE OBJETOS DE AVALIAÇÃO, no site do CESPE (www.cespe.unb.br).
Esses Objetos de Conhecimento foram elaborados em trabalho coletivo envolvendo professores das escolas públicas e particulares do Distrito Federal e docentes da Universidade de Brasília e foram aprovados em fóruns abertos a todos os interessados. Interdisciplinares e utilizados de forma contextualizada, são eles que auxiliam o aluno a desenvolver as habilidades e competências estabelecidas na Matriz de Objetos de Avaliação, fundamentais para o futuro universitário.
Com a Matriz de Objetos de Avaliação, o PAS objetiva, então, selecionar o aluno capaz de compreender, raciocinar, analisar e propor questões relevantes para a própria formação como cidadão e capaz de elaborar propostas de intervenção na realidade, com ética e cidadania, considerando a diversidade sociocultural como inerente à condição humana.


Como participar do PAS

O candidato deve estar regularmente matriculado na 1.ª série do Ensino Médio, em escola pública ou particular, cuja modalidade de ensino seja regular, de três anos completos, ou na 2.ª série, em escola com estrutura curricular de quatro anos completos para se inscrever na 1ª Etapa de um Subprograma do PAS. Caso o candidato já esteja na 2.ª série do curso regular, no primeiro caso, ou na 3.ª série, no segundo, e ainda não esteja inscrito no PAS, mesmo assim poderá inscrever-se na segunda etapa. Nesse caso, à primeira etapa do Subprograma será atribuída a nota zero.
Para efetuar a inscrição, é imprescindível o número do CPF do aluno. Os matriculados na Rede Pública do Distrito Federal estão dispensados do pagamento da taxa de inscrição e os da rede particular bolsistas podem solicitar o pedido de isenção.
Para maiores informação acessar, no site do CESPE, página do PAS, o link EDITAIS, entrar em contato pelo telefone (0xx61) 3448-0100 ou enviar uma mensagem pelo e-mail da Central de Atendimento sac@cespe.unb.br.


Número de vagas

No primeiro semestre de cada ano letivo, 50% das vagas oferecidas para cada curso de graduação da UnB destinam-se aos candidatos aprovados pelo PAS realizado no semestre anterior. É importante frisar que o participante do PAS não está impedido de concorrer também pelo vestibular tradicional.


PRINCÍPIOS DO PROGRAMA DE AVALIAÇÃO SERIADA (PAS)
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA 
 


1 APRESENTAÇÃO

O presente documento tem por objetivo apresentar os princípios orientadores do Programa de Avaliação Seriada (PAS) da Universidade de Brasília. Este programa configura-se como uma forma de integração entre os sistemas de educação básica e superior, que inclui a seleção dos futuros estudantes universitários de modo gradual e sistemático. No PAS, o acesso aos cursos da UnB não é o produto de um único e episódico exame seletivo, mas a culminância de um processo que se desenvolve ao longo do ensino médio. 

2 HISTÓRICO E JUSTIFICATIVA

Em janeiro de 1995, os contextos político e educacional viabilizaram a retomada de idéias visando à implantação de formas alternativas de seleção de candidatos aos cursos de graduação oferecidos pela Universidade de Brasília. 

Foi assim constituída, pela Resolução da Reitoria n.º 032/95, de 27/3/95, uma comissão mista, integrada pelos professores Mariza Monteiro Borges (IP/UnB), Denise de Aragão Costa Martins (IL/UnB), Mauro Moura Severino (ENE/UnB), Vasco Pedro Moretto (SINEPE), Júlio Gregório Filho (Secretaria de Educação/GDF), Maria Celeste Gomes Muraro (FEDF), Amábile Pacios (Colégio Marista de Brasília) e João Antônio Cabral de Monlevade (CNTE-DF), para, sob a presidência da primeira, "discutir formas alternativas de ingresso na Universidade, objetivando a melhoria do ensino médio, nas redes pública e privada". Impedida de participar das atividades por seus compromissos como Diretora do IP, a Prof.ª Mariza afastou-se do grupo, tendo sido nomeada presidente da Comissão, pela Resolução da Reitoria n.º 067/95, a Prof.ª Denise Martins. 

A comissão reuniu-se periodicamente durante os meses de abril e maio. Foram cerca de trinta horas de trabalho que resultaram no documento "Considerações sobre uma proposta alternativa de ingresso na UnB", encaminhado ao Reitor da Universidade de Brasília no dia 9/6/95. Tal documento constituiu a base para o projeto. No dia 20/6/95, realizou-se, no Auditório Dois Candangos, no CampusUniversitário Darcy Ribeiro ­ UnB, das 14h às 18h, o seminário "Proposta Alternativa de Ingresso na UnB". A proposta despertou o interesse dos presentes e foi claramente aceita. Decidiu-se, na ocasião, que as seguintes ações deveriam ser tomadas: 
  1. elaborar o projeto relativo ao Programa de Avaliação Seriada, que seria apreciado pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE/UnB);
  2. constituir comitês ad hoc para elaborarem os conteúdos programáticos em que se fundamentaria o Programa de Avaliação Seriada;
  3. criar o Fórum Permanente de Professores 
     
Começou, então, o trabalho de redação do projeto para a apreciação pelo CEPE. Em agosto de 1995, este Conselho, ao aprovar o projeto, tomou decisões históricas, entre elas a de incluir as Artes no elenco de disciplinas, reforçando a vertente humanista que a Comissão queria imprimir a essa nova modalidade de acesso. Foi criado, assim, o Programa de Avaliação Seriada para o ingresso na UnB, o PAS. 

Na realidade, a discussão só havia começado. O trabalho de interação da Universidade com os professores do ensino médio iniciou-se com a criação dos comitês ad hoc, encarregados de elaborarem as propostas dos conteúdos programáticos em que se pautariam as provas. Professores do ensino médio e da UnB participaram voluntariamente de diversas reuniões semanais, trabalhando na proposta de selecionar conteúdos relevantes para a formação do cidadão, com a convicção de que o estudante deveria ser avaliado pela aprendizagem significativa desses conteúdos. Após a realização de grandes fóruns por disciplinas, abertos a todos os professores, foram finalmente estabelecidos os conteúdos que seriam enfocados nas provas do PAS. Foi então publicado, após mais de um ano de trabalho, o primeiro edital do PAS. 

Entendendo que o grupo que elaborou o projeto deveria continuar acompanhando o processo, o reitor Todorov nomeou, em 10/4/96, a Comissão de Acompanhamento do PAS com a seguinte composição: Denise de Aragão Costa Martins (Presidente), Mauro Moura Severino, Vasco Pedro Moretto, Júlio Gregório Filho, Amábile Pacios, membros da Comissão anterior, e José Delvinei Luiz dos Santos e Hélvia Leite Cruz, representantes da FEDF. Com a nomeação para exercer a função de Subcoordenador do PAS - Ato da Reitoria n.º 256/96 -, no âmbito do CESPE, o professor Mauro Luiz Rabelo passou a integrar a citada Comissão. Assim, essa Comissão deveria acompanhar o projeto até, pelo menos, o ingresso da primeira turma, cabendo-lhe zelar pelo cumprimento dos objetivos do Programa, por meio da avaliação contínua das medidas concretas de implementação e da definição de diretrizes para a elaboração dos exames.

A criação do Fórum Permanente de Professores foi concretizada, já em 1996, com a oferta de 15 cursos de aperfeiçoamento para professores, ampliando-se para 33, em 1997, e 71, em 1998. Em 1997, o CESPE criou a Subcoordenação do Programa de Interação com o Ensino Médio, cujas atribuições incluem a organização e a realização de cursos voltados aos interesses dos professores do ensino médio - para o que o Fórum Permanente de Professores é o instrumento fundamental -, o credenciamento de escolas no Programa de Avaliação Seriada, a coordenação da Sala dos Professores, atividade realizada no decorrer da aplicação das provas do PAS e do vestibular, com vistas ao aprimoramento dos processos de seleção aos cursos oferecidos pela UnB. Consolida-se, assim, a concepção de trabalho conjunto e de efetiva interação dos níveis básico e superior de ensino. 
Ainda em 1996, a Prof.ª Hélvia afastou-se da FEDF, deixando de participar da Comissão. O Prof. José Delvinei também afastou-se da Comissão em março de 1997, quando o professor Gilmar de Souza Ribeiro (DEM/FEDF) foi indicado para substituí-lo. Ainda com a colaboração daqueles professores, a Comissão realizou, em agosto de 1996, um grande evento denominado "Avaliação da Aprendizagem Significativa: 1.º Encontro de Estudos", com a participação de cerca de 800 professores. No evento, foram discutidos os pressupostos do PAS, bem como as estratégias que seriam utilizadas para a consolidação deles no âmbito das escolas. 

Em novembro de 1997, a Comissão apresentou à Reitoria da UnB a minuta do edital da terceira etapa do Subprograma 1996. Nele, com a inclusão da prova discursiva em língua portuguesa, abordando conteúdos das diversas disciplinas, ficou claro o estabelecimento do eixo estruturador das provas do PAS: a contextualização e a interdisciplinaridade. Este foi mais um marco na história do Programa, coincidindo com o término da gestão do Prof. Todorov como Reitor. Nessa ocasião, a Prof.ª Denise solicitou ao Reitor a sua dispensa da Comissão. 

Em 17/2/98, o Prof. Lauro Morhy, atual Reitor da UnB, resolveu compor nova comissão para dar continuidade aos trabalhos de acompanhamento do Programa. Por intermédio da Resolução da Reitoria n.º 029/98, instituiu a Comissão Especial de Acompanhamento do PAS, integrada pelos professores: Mauro Luiz Rabelo (Presidente), Mauro Moura Severino, Vasco Pedro Moretto, Júlio Gregório Filho, Amábile Pacios e Gilmar de Souza Ribeiro. Esta Comissão mantêm os princípios pautados no projeto inicial do PAS e continua avançando em suas discussões. 
Na realidade, o PAS estará sempre sendo discutido e aperfeiçoado, de modo a propiciar uma efetiva integração dos sistemas de ensino. Admite-se que a relação seja bidirecional, favorecendo a melhoria da qualidade do processo educacional na escola básica e a seleção de futuros estudantes universitários dotados de habilidades e capacidades específicas, que se manifestem ao longo dos anos que antecedem o curso superior. 

São inquestionáveis os significados histórico e pedagógico da construção dos conteúdos programáticos do PAS. Histórico, pois, pela primeira vez na história da UnB, foi delegada aos professores do ensino médio a tarefa de elaborarem a seleção de conteúdos a serem avaliados para o ingresso em seus cursos de graduação, o que implica assumir integralmente a avaliação do próprio trabalho educativo, com a especificação de conteúdos considerados relevantes. Pedagógico, por decorrência da responsabilidade protagonizada não mais pela Universidade, mas pelos próprios professores, redundando no fim do mito da "obrigatoriedade" de se trabalharem conteúdos que são impostos pelo processo de seleção para o ingresso no ensino superior. 
Viabilizam-se, dessa forma, condições para que o processo educacional se dê em bases consistentes em termos de conceitos trabalhados, dentro dos contextos psicopedagógico e social, priorizando-se a preparação para o exercício da cidadania, que inclui a possibilidade de ingresso em uma Instituição de Ensino Superior. 

3 PRESSUPOSTOS

O Programa de Avaliação Seriada (PAS) tem por base os pressupostos seguintes. 
3.1 Os sistemas de acesso à Universidade têm uma influência inegável no ensino médio, tanto no conteúdo ministrado quanto no seu enfoque epistemológico. Os vestibulares, tais como vêm sendo feitos na maior parte das instituições de ensino superior, têm privilegiado o adestramento, o ensino livresco, fragmentado, alienante e anacrônico, e a memorização mecânica. Aquela influência, entretanto, pode ser positiva se houver convergência entre o sistema de acesso e os objetivos próprios do ensino médio, como a formação da cidadania, a preparação geral para o trabalho e o desenvolvimento de competências e habilidades. 
3.2 Alterações nos sistemas de acesso exigem também mudanças no eixo de decisão quanto ao estabelecimento da forma de avaliação e dos conteúdos programáticos, tornando necessária a participação efetiva dos professores do ensino médio, ao lado dos da Universidade.  
 
3.3 Diante da quantidade e da disponibilidade cada vez maiores de informações na sociedade atual, o estudante, mais do que acumular informações, necessita capacitar-se para selecioná-las criteriosamente e gerenciá-las criticamente. O processo educacional deve contribuir para tornar o educando um cidadão responsável, consciente de seus deveres e direitos, autônomo em suas escolhas e competente para a tomada de decisões e a resolução de problemas. Isso exige também uma nova postura dos educadores. 
3.4 O processo educacional deve estar centrado nosconteúdos relevantes para a formação do cidadão, respeitadas as especificidades das diferentes disciplinas. Para o acesso ao ensino superior, o estudante deve ser avaliado quanto ao desenvolvimento de competências e habilidades, por meio da aprendizagem significativa daqueles conteúdos.  
 
3.5 É preciso que a mudança de postura de educadores e educandos seja tratada como processo em construção. Nele, destaca-se o papel da interação da universidade com o ensino básico, que deve incluir, ainda, a comunidade científica, os administradores escolares, os pais de alunos e demais componentes da comunidade escolar.  
 
4 OBJETIVOS DO PAS
 
Os objetivos do Programa de Avaliação Seriada são de caráter geral e específico.  
 
4.1 Objetivo geral: implantar um processo seletivo para os cursos de graduação da UnB alicerçado na integração da educação básica com a superior, visando à melhoria da qualidade do ensino em todos os níveis, com base no princípio de que a vida escolar deve-se caracterizar como um continuum;

4.2 Objetivos específicos: 
 

4.2.1 selecionar os futuros estudantes universitários de modo gradual e sistemático, não como o produto de um único exame seletivo episódico, mas como a culminância de um processo que se desenvolve ao longo do ensino médio;

4.2.2definir os parâmetros de um processo seletivo que busque a avaliação da aprendizagem significativa, em que se privilegie a reflexão sobre a memorização, a qualidade sobre a quantidade de informações, o ensino sobre o adestramento, o processo sobre o produto; 
 

4.2.3 adotar como eixo estruturador da avaliação a contextualização e a interdisciplinaridade, com ênfase no desenvolvimento de competências e habilidades.




Como as provas do P A S exigem principalmente o desenvolvimento de competências e habilidades, e não acúmulo de informações, é preciso ampliar a sintonia com o mundo:

   Aproveitar a vida -cinema,teatro,exposições,música,tudo traz novas informações e aprimora a  crítica.

   Ser curioso - ouvir atentamente os telejornais, as entrevistas, os programas informativos; ter opiniões próprias sobre os diversos assuntos.
   Ser crítico - acompanhar aevolução dos acontecimentos e comparar as diversas versões que os meios de comunicação apresentam; contruir interpretações próprias.
   Estar ligado - ler o editoriais dos jornais e ficar atento às grandes reportagens das revistas semanais, tirar dos fatos do dia-a-dia conclusões para os estudos.
   Ajudar a memória - fazer anotações e resumos.
   Aproveitar bem o tempo e organizar-se - definir um horário rigoroso de estudo e concentrar-se nas disciplinas em que tiver mais dificuldade.
   Identificar as dificuldades - Algumas vezes é preciso revisar assuntos básicos para avançar.
   Não desperdiçar ajuda - aproveitar ao máximo as aulas  e a orientação dos professores, a ajuda dos monitores, o apoio dos colegas, irmãos e pais; estudar junto com outros colegas pode ser bem  produtivo.
   Ampliar o universo existencial - mergulhar nos livros de literatura, principalmente os indicados pelo PAS, como uma experiência de vida, não como uma obrigação; ler devagar e sempre; comentar com os amigos.
   Aperfeiçoar a linguagem - ouvir com atenção, ler com atenção; namorar as palavras (grafia e significado); escrever todos os dias:resumos, sínteses, idéias, diários, anotações de aula, cartas...



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